A bolsa da vez: wayuu

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Oi, oi!
Quando viajei há uns meses atrás, lá nas Cataratas do lado da Argentina tinha uma espécia de feirinha (dentro do parque mesmo), onde eram vendidos uns artigos meio indígenas. Tinha pulseiras de “linha”, armas artesanais feitos de madeira, bonequinhos e bolsas. Foi lá meu primeiro contato com esse tipo de bolsa, que até então não sabia nem o nome. Me chamaram atenção por serem extremamente coloridas, com padrões geométricos e um tamanho bem adequado para carregar tudo que quisesse. Cheguei a pegar algumas na mão e pensei demais em comprar (falou em bolsa, pegou meu ponto fraco), mas apesar de ser consumista, quando viajo fico tão apavorada de gastar o dinheiro logo no começo da viagem ou de ficar sem dinheiro para necessidades básicas depois, que acabo me controlando mais que o necessário. É, me arrependi até hoje por não ter comprado aquela bendita bolsa, já que na madrugada seguinte eu voltaria pra casa.

Pois bem, eis que nesse fim de semana, preparando pautas pro blog, esbarrei com a bolsa outra vez. Mas agora virtualmente. Comecei a pesquisar mais sobre ela e descobri seu nome “wayuu bag” e se chama assim porque são produzidas pelas mulheres indígenas da tribo Wayuu, localizada entre a Colômbia e a Venezuela. Cada bolsa é única, já que é quase impossível reproduzir outra exatamente igual, feitas a mão e em material 100% algodão. O mais legal é que cada bolsa tem um significado diferente para a pessoa que a produziu. O dinheiro produzido pela comercialização das bolsas são revertidos para ajudar um centro em Shukumajaya.
Em 2002, a modelo e atriz venezuelana Patricia Velasquez criou a Wayuu Taya Foundation para ajudar a melhorar a qualidade de vida nas comunidades indígenas da américa latina. Cada bolsa vendida, tem parte dos seus lucros revertidos à causa, que ajuda a melhorar o atendimento médico, informações e fornecer educação primária para as novas gerações da tribo.

Várias famosas já adotaram a bolsa como queridinha, dentre elas Shakira, Kate Perry, Uma Thurman e Alessandra Ambrosio, além de ter se tornado ‘it bag’ de fashionistas pelo mundo todo.
A wayuu tem aquele formato de bolsa saco que já falamos a um tempo atrás, junto com as cores e padronagens, ela dá aquela carinha de “hippie chic” ou “boho chic” ao look. Ajuda a tirar o tédio do look básico, além de ter a cara do verão brasileiro.
Se arrependimento matasse, eu estaria debaixo de 7 palmos de terra nesse momento, me digam porque eu não comprei quando ela esteve bem na minha frente?! É claro que ainda não tem para vender no Brasil, mas dá para encontrar com facilidade no ebay. O preço, claro, não é dos melhores por uma bolsa “sem marca”, mas se você é como eu, curte essas vibe artesanal, dá valor ao trabalho e ainda quer dar uma ajuda ao futuro da tribo, tenho certeza que o preço valerá super a pena.
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