Silicone

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Os tipos de cirurgia
A incisão para colocar a prótese de silicone pode ser feita em volta da aréola, no sulco sob o seio ou na axila. Cada médico prefere uma técnica. Já a posição do implante depende da constituição física da paciente. Se for magrinha e com pouquíssimo peito, a prótese deve ser colocada sob o músculo peitoral para um efeito mais natural, quando é chamada prótese retromuscular. A retroglandular, prótese implantada logo abaixo da glândula, é mais indicada para quem tem seios médios ou flácidos.
Três formatos de prótese
Redonda com perfil alto, redonda com perfil baixo e em gota. Esses são os três formatos de prótese de silicone que a candidata a turbinar os seios pode escolher. “Normalmente, médico e paciente decidem juntos, avaliando o desenho natural da mama e o resultado desejado”, diz a cirurgiã plástica Edith Kawano Horibe, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A prótese redonda com perfil alto deixa o seio com mais volume e projetado para frente; a com perfil baixo é mais natural; e a terceira deixa o seio em formato de gota. Elas são envolvidas com silicone sólido que pode ser liso, texturizado ou revestido de poliuretano. Já seu interior, pode ser de silicone, gel ou soro fisiológico. Os tamanhos mais procurados são 195, 215 e 235 mililitros.
Como fica a cicatriz
Quanto mais elástica a pele, melhor a cicatrização. O corte no sulco mamário deixa uma cicatriz de cerca de 4 centímetros, que fica escondida pelo volume do seio. A incisão na metade inferior da aréola é quase imperceptível. Já na colocação da prótese via axila é feito um corte de 4 centímetros que fica disfarçado pelas dobras do tecido.
Seios exigem cuidados diários
A pele dos seios é muito fina e sensível, por isso sofre tanto quando há aumento de peso, com o efeito da gravidade e a gravidez. “Hidratá-los diariamente, desde a adolescência, ajuda a deixá-los mais resistentes, reduzindo os riscos de estrias e flacidez”, explica a dermatologista Carla Goes Sallete, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mesoterapia. Cremes à base de semente de uva, colágeno e elastina são os mais indicados. “É importante aplicá-los com movimentos circulares”, orienta a médica.
Tempo na sala de cirurgia
A paciente é operada normalmente pela manhã e à tarde já é autorizada a voltar para casa. Alguns médicos colocam uma sonda para ajudar a desinchar a região e, nesse caso, aconselham que ela durma no hospital pelo menos uma noite. O tempo da cirurgia varia entre 1 hora e meia e 3 horas e o tipo de anestesia – peridural ou local com sedação – fica a critério do médico. Os preços do implante ficam entre R$ 5 mil e R$ 8 mil (dependendo dos honorários do médico, da equipe e do hospital).
Há contra-indicação?
O implante de silicone nos seios não é indicado para menores de 15 anos, pois até essa idade, geralmente, os seios não estão totalmente desenvolvidos. Mulheres com flacidez nas mamas, antes de colocar a prótese, têm de passar por uma plástica para retirar o excesso de pele – o que é feito na mesma cirurgia.
Dois meses sem fazer exercício
Terminada a cirurgia, o médico veste um sutiã reforçado na paciente. Ele pode ainda envolver o peito com uma faixa elástica, que ajuda a fixar o implante. Por um mês, todo esses ‘curativos’ só podem ser retirados na hora do banho, isso a partir do terceiro dia. A recuperação é dolorida e a volta ao trabalho é liberada em cinco dias. Para fazer sexo é preciso esperar cerca de duas semanas; um mês para dirigir; e dois meses para fazer exercícios peitorais, carregar peso e tomar sol.
Risco de rejeição
O organismo pode rejeitar a prótese, envolvendo-a em uma cápsula fibrosa, que vai endurecendo, deformando os seios e causando dor. Próteses com invólucros texturizados ou revestidos de poliuretano diminuem desse risco ocorrer. Caso a cápsula fibrosa se forme, o médico rompe a malha e troca o implante em uma nova cirurgia.

Amamentar com silicone. É possível?
É raro, mas há mulheres com silicone que não conseguem amamentar. O auto-exame também fica mais difícil, principalmente quando a prótese é retroglandular. “Ela fica atrás da glândula mamária e altera a sensibilidade dessa região, dificultando a identificação de nódulos por meio do toque”, explica o médico oncologista Ricardo Caponero, de São Paulo. “Por isso, é mais seguro recorrer à ultra-sonografia mamária, que identifique nódulos e ainda informa se a prótese apresenta fissuras.” Já a prótese retromuscular não compromete o exame. Outra desvantagem é a necessidade eterna da prótese. Depois de implantada, a prótese distende a pele e não há mais como voltar atrás. Caso a mulher queira remover o silicone, a mama fica flácida, murcha. Só dá para substituir o modelo anterior. E toda mulher com silicone deve trocar a prótese a cada dez anos.
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